sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Igualdade e Igualitarismo



O que se entende por “igualdade”? Não a igualdade pregada pela Revolução Francesa, que é igualitarismo, mas sim a de Nosso Senhor Jesus Cristo, a verdadeira igualdade. Aprendemos, na Doutrina Cristã, que todos somos iguais, diante de Deus. No Céu estaremos todos em pé de igualdade? O Grande S. Francisco de Assis, estará no Céu, na mesma escala de Glória, que um bom frade franciscano, que cumpriu a vontade de Deus, e salvou-se? E portanto está no Céu? Costuma-se falar em 7º Céu, como o Céu mais próximo da Glória de Deus. Mas, se há o 7º Céu, deve haver o 6º, o 5º, o 4º e assim por diante, até o 1º Céu, o mais baixo. Logo, até no Céu não há igualdade? Mas, como podem, todos os que estão no Céu, serem completamente felizes, em Céus hierarquizados? Aqui entra aquela comparação dos copos, desde copinhos pequenos, a copinhos maiores, a copos médios a copos grandes e até enormes. Todos cheios até a borda. Logo, todos repletos, como os homens nos Céus, repletos de felicidade. Todos felizes ao máximo que podem, porém uns com mais capacidade do que outros, de serem felizes. E, enquanto vivos, será verdade que todos são iguais perante Deus? Sim e não. Na essência, o ser humano, vivo e aqui na Terra é igual ao seu semelhante e portanto perante Deus. Todos possuem a inteligência, a racionalidade, a sensibilidade e a vontade. Neste ponto de partida, de fato, todos são iguais: O mais pobre e o mais rico, o mais nobre e o plebeu, o mais forte e o mais fraco, etc... são iguais nesta essência. Entretanto, esta essência é só inicial. Pois na combinação das potências, começam a surgir os virtuosos, e os crápulas; os capazes e os vagabundos; os trabalhadores e os malandros; os que nascendo ricos, ficam pobres por defeitos intrínsecos e os que nascendo pobres, ficam ricos por inteligência e capacidade. Ou ainda os que nascendo ricos, ficam pobres para não perderem a honra; e os que nascendo pobres, ficam ricos na desonra, no roubo, na corrupção, etc... Diante de Deus são iguais? Como o homem honesto pode ser igual ao ladrão, diante de Deus? Ou o assassino e o mártir? Ou o justo e o injusto? Não é mesmo uma falácia querermos igualar a todos, no mesmo patamar? Mesmo diante de Deus? Sabemos que, no berço de palha, ou no berço de ouro, no nascimento, somos todos iguais, como acabamos de ver, pelas potências da alma. Mas, o homem não é só alma, é corpo também. E aí, também, surgem as desigualdades. Uns nascem fortes e sadios, outros fracos e doentes, uns desenvolvem-se e ficam com corpos lindos esculturais (tanto no sexo feminino, como no masculino), outros crescem com problemas de doenças genéticas, endêmicas, etc... e tornam-se feios e até horripilantes. E nas diferenças das almas, igualmente.
Sabemos que Deus ama a todos em Sua Infinita Misericórdia, por Ele todos se salvariam e iriam para o Paraíso! Mas o problema, reside em que Deus, tendo concedido o livre arbítrio ao homem para que o homem O amasse, livremente e sem pressões, permitiu que o homem, às vezes, não O amasse, não quisesse conhecê-Lo, com medo de O amar; decidisse que Ele não existia, para não ter que servi-Lo e amá-Lo; e deste modo, se precipitasse no horror do inferno.
Este é o problema. O homem não querer amar a Deus, por preferir tudo aquilo que não é de Deus: preferir o vício, à virtude, preferir ficar rico desonestamente, do que permanecer pobre, porém honesto; preferir os prazeres passageiros e libidinosos, ao sacrifício e à Felicidade Eterna; preferir o horrendo e o feio, ao Sublime e ao Belo; preferir o erro à verdade, preferir o impuro ao Puro. Preferir que não haja ninguém abaixo dele, desde que não haja ninguém acima dele. De que não haja uma Sociedade Hierarquizada, onde aconteça um escalonamento piramidal de classes sociais, interligadas, como na Idade Média; preferindo que haja uma sociedade massificada, onde todos, aparentemente são iguais, mas que na realidade não são, como nos Estados Comunistas que fracassaram; justamente por causa disso. Queriam igualar o homem, não só em suas contingências (classe, profissão, saúde, raça, ideologias, etc...) mas também em suas essências, ou seja na alma humana. Estes, que assim quiseram e querem, é o que chamamos de igualitários, que não se conformam com as desigualdades harmônicas que a Natureza nos deu (portanto Deus – o autor da Natureza). Que não aceitam a igualdade que Deus nos dá essencialmente (repleta de desigualdades contingenciais) e querem igualar, o inigualável. O primeiro igualitário foi Lucifer que não aceitou estar abaixo de Deus, e ter de se curvar a Cristo Jesus, o Homem-Deus, e pior ainda, a Maria Santíssima, unicamente mulher, não divina, porém o Templo da Humildade e da Pureza, concebida sem o pecado. O contrário do Orgulho e da Impureza de Satanás.
Todos os igualitários, mesmo sem o saberem, são discípulos de Lucifer.
E os igualitários ainda vociferam: “E a igualdade de Direitos?” Deus não permitirá essa igualdade de Direitos? Claro que sim, mas mesmo dentro desta igualdade de Direitos, surgem as desigualdades. Por exemplo: todos têm Direito à Vida. Mas o igualitário é a favor do aborto, da eutanásia, etc... Onde está a igualdade? Todos tem Direito à Educação. Certíssimo. O Estado tem obrigação de permitir que ricos e pobres possam chegar ao Curso Superior. Mas será que todos serão igualmente grandes advogados, grandes médicos, grandes engenheiros, grandes militares, etc....??? Não é possível lutar contra a Natureza, pois lutar contra a Natureza é lutar contra Deus. Já o ditado francês nos ensina: “Chassez le naturel, et il reviendra au galop” (Ao pé da letra: Caçai o que é natural e ele voltará galopando”. Traduzindo em um português mais correto: “Afastai-vos das leis da Natureza e elas se recuperarão rapidamente”. Por que? Porque é impossível vencer ao que é de Deus. Já na Sagrada Escritura, quando S. Miguel Arcanjo, o Príncipe da Milícia Celeste, vence a Lucifer, o anjo de Luz que pelo orgulho, virou Satanás, S. Miguel profere o grito de esplendor:
“Quis, ut Deus?!!!
(Quem, como Deus?!!!)

Um comentário:

Dayher B. da S. Gimenez disse...

Como me disse certa vez D. Otto, Lúcifer foi o primeiro igualitário e republicano; quis ser eleito Deus... Qual foi o resultado? Foi parar no inferno!