sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O pensamento Teológico dos Direitos Fundamentais da Pessoa Humana

O pensamento Teológico dos Direitos
Fundamentais da Pessoa Humana

Hoje em dia, todas as Instituições Jurídicas e Políticas do Mundo inteiro, salientam sempre os “Direitos Fundamentais da Pessoa Humana”. E os apresentam como fruto das Idéias dos Enciclopedistas, do Iluminismo, da Revolução Francesa, da Revolução Norte-Americana da Independência dos Estados Unidos, que resultaram na Declaração dos Direitos Humanos da República Norte Americana, na Constituição da mesma República, nas Constituições iniciais francesas (a primeira ainda sob a Monarquia de Luís XVI), na Constituição Mexicana, na da República Alemã de Weimar (depois da derrota dos Impérios Centrais, na 1ª Guerra Mundial) e etc... Apresentam, portanto, os Direitos Fundamentais da Pessoa Humana, como coisa nova, inventada pelo espírito liberal do iluminismo e enciclopedismo do século XVIII.
E a Doutrina Judaico-Cristã onde fica, nisso tudo? Que, acentuando os Deveres dos Homem para com Deus, “ipso facto”, defendia os Direitos Humanos, uma vez que, Direitos e Deveres devem ser e são equivalentes.
Só um exemplo. Nos dez Mandamentos da Lei de Deus, dados aos homens, no Sinai, através de Moisés: Quando manda amar a Deus sobre todas as coisas, manda também amar ao próximo como a si mesmo. Se os homens praticarem, de verdade, esse amor ao próximo como a si mesmos, já não estarão praticando os Direitos Fundamentais da Pessoa Humana? Os Direitos Fundamentais nasceram, por necessidade, para enfrentarem a falta destes direitos. O que é a falta deste direitos, se não o desamor? Se todos se amarem como a si próprios, respeitarão os direitos de seu próximo, com lei humana ou sem lei humana. AH! Mas os homens não se amam, como quer o Mandamento de Deus – Se eles não se amam, é a lei humana que vai força-los a se amarem? Claro que não, mas pelo menos vai obriga-los, pela lei e pela força a se respeitarem! – Certo, mas aí então fica a grande questão: Os Estados laicisados, que rejeitaram e rejeitam a Lei de Deus, a Religião e a Igreja, devido à ausência da Força Moral destes Estados, foram forçados a inventar os Direitos Humanos não religiosos, para imporem, pela lei e pela força, o que Jesus Cristo, Sua Igreja e Sua Religião, conseguiam pelo Amor a Deus e ao Próximo. – Mas as sociedades religiosas se tornaram Estados Absolutistas e espezinharam os Direitos Humanos, que tiveram que ser ressuscitados pelos Iluministas, pela Revolução independentista Norte Americana, pela Revolução Francesa, etc...
- Ah! Mas então, antes da Revolução Francesa, esses Direitos existiam, não é verdade? Pois precisaram ser ressuscitados!? Se existiam e estavam enfraquecidos pelos Estados Absolutistas, a solução óbvia era fortalecê-los, dentro dos próprios Estados Religiosos, e não derrubar completamente as antigas estruturas, e inventar novas, sem bases, porque sem religião; que resultaram no morticínio da Revolução Francesa, de Napoleão, em Duas Guerras Mundiais etc. Nos campos de concentração Nazistas e Comunistas, na Bomba Atômica, na decadência moral contemporânea, etc, etc, etc... tudo isto, acompanhando as Leis Fundamentais dos Direitos Humanos. Onde e quando estes Direitos são respeitados? Sem os Deveres Religiosos e a volta a Deus e à Sua Igreja!? Nunca. Teremos mais guerras, guerras da Coréia e do Vietnã, guerras do Irã, do Afeganistão e do Iraque, nos Países Árabes e em Israel. Guerras e mais guerras, morticínios e morticínios. Coletivos e particulares como a pedofilia, com homicídio: o aborto, a eutanásia, e outros horrores da Sociedade Contemporânea que se proclama defensora dos Direitos Fundamentais da Pessoa Humana! Todas estas lindas Declarações e Constituições dos Direitos Fundamentais da Pessoa Humana, sem Deus e Sua Igreja se constituem em “Letra Morta”!!!

Quem venceu Napoleão?




Ele mesmo confessou. Já preso em Stª Helena, ilhota britânica, no meio do Atlântico, em seu testamento: “Só três generais me venceram: o inverno da Rússia; a marinha da Inglaterra; e o Príncipe-Regente de Portugal”.
Por que o Príncipe Regente de Portugal? E, por que, também como dizem, um homem acovardado? E por que Príncipe Regente? E não Rei? Vamos responder invertido. Reinava em Portugal, em finais do século XVIII, a Rainha D. Maria I; filha de El Rei D. José I, em tempo de quem, Lisboa foi arrasada, quase inteiramente, por terrível terremoto (Conseguiu ser reconstruída, graças ao grande Ministro do Rei, Sebastião José de Carvalho e Mello, Visconde de Oeiras e Marquês de Pombal; e ao ouro do Brasil). Neta de D. João V, o qual presenteou o Papa com cachos de bananas (O Papa Clemente XII gostava muito desta fruta tropical) e no meio dos enormes cachos, escondido, um outro, em ouro maciço verdadeiro, ouro do Brasil. (Era tanto o ouro que, mais tarde, no Pontificado de Pio VI, Roma, ameaçada por Napoleão, o Pontífice, certo de que o General Corso roubaria o ouro, mandou transformá-lo em Lâminas, e com elas, cobrir todo o teto encolmeiado da Basílica de Santa Maria Maggiore, uma das quatro Basílicas de Roma, a mais importante igreja do mundo, erigida em honra de Nossa Senhora. Hoje em dia, quando brasileiros visitam Stª Maria Maggiore, o guia, sabendo a nacionalidade dos turistas, aponta para o teto e exclama: “Oro del Brasile”!).
D. Maria I, era casada com seu tio D. Pedro (irmão de seu Pai, o Rei D. José I), que com este casamento, tornou-se o Rei-Consorte D. Pedro III. (Em Portugal não se usava título de Príncipe Consorte, como na Inglaterra, para o marido da Rainha reinante, soberana; mas sim o título de Rei-consorte, que usava também a numeração, daí D. Pedro III, (pois Portugal, já tivera, em sua História, dois Reis chamados D. Pedro). (O Brasil, neste assunto, como em tantos outros, imitou Portugal; a Constituição Imperial de 1824, determinava que o Consorte de uma Imperatriz-Soberana, usaria o título de Imperador-Consorte; sendo assim, se D. Isabel, a Redentora, tivesse reinado, de fato, e não só de direito, seu nome teria sido D. Isabel I, e seu marido, o Príncipe Gaston d’Orleans, o Conde d’Eu, o nome de Imperador-Consorte D. Gastão I).
D. Maria I e D. Pedro III tiveram muitos filhos, sendo que os dois homens mais velhos, foram D. José (que se tivesse reinado, teria sido D. José II, mas que morreu de varíola, ainda jovem, pouco antes da invalidez mental, de sua mãe) e D. João. Estes Príncipes e Princesas, eram portanto, netos de D. João V por lado paterno, e bisnetos de D. João V, por lado materno. Este D. João, segundo filho varão de D. Maria I e de D. Pedro III, não era, portanto, destinado a reinar. Havia , antes dele, seu irmão D. José. A coisa mudou com o falecimento prematuro de seu irmão. A Rainha D. Maria I, em um espaço de poucos anos, perdeu o Pai, o Rei D. José I, o filho mais velho D. José, o marido e tio, D. Pedro III; recebeu as notícias fatídicas do guilhotinamento de seus primos Luís XVI e Maria Antonieta, Reis de França, e de inúmeros outros Príncipes de França, também seus primos; se não mencionarmos, as condenação à morte, também pela guilhotina, de grande parte da Nobreza e do alto Clero de França; dos horrores todos da Revolução Francesa, e de Napoleão, “a Revolução de botas”, como ele se auto-denominava, que estava invadindo a Europa toda, depondo de seus tronos, inúmeros soberanos europeus, todos primos ou tios de D. Maria I, e ainda por cima, a ameaça próxima de uma invasão napoleônica, muito perto, de Espanha e Portugal. Os nervos fracos e sua mente conturbada por tais vicissitudes, fizeram da pobre Rainha, uma apavorada. E depois, uma apavorada louca, que corria pelos corredores dos Palácios Reais, gritando, que o demônio a estava seguindo!!! Por isso, o Príncipe D. João, tornou-se Regente de Portugal, em nome de sua Mãe. Eis porque D. João (o futuro D. João VI) não só se tornou o governante de Portugal e também porque foi um Príncipe acovardado amedrontado, que só não ficou louco, como sua mãe, porque ainda era jovem. Mas, que tinha pavor de Napoleão, das idéias liberais, que tinham proporcionado a existência da Revolução Francesa, e do próprio Napoleão; tinha medo de temporais, de siris e caranguejos, como hoje se está noticiando, nas comemorações dos 200 anos da chegada da Família Real de Bragança e de Portugal, ao Brasil. Explicado o porque D. João se tinha tornado o Príncipe Regente de Portugal, e o porque era amedrontado e acovardado, passemos a explicar a primeira pergunta: e por que Napoleão mencionou o acovardado D. João de Bragança e Bragança, como um dos exércitos que o venceram?
D. João podia ser acovardado, devido às circunstâncias históricas, da terrível época em que viveu; mas, era inteligente, esperto e tinha o carisma da realeza, dos mais ilustres sangues da Europa. Era, além de Bragança, por seus antepassados, inúmeras vezes Bourbon, Habsburgo, Saxe, Wittelsbach, etc.etc... A genética é uma ciência que hoje em dia, está avançadíssima e que nos ensina que os gens herdados dos antepassados, se forem gens negativos multiplicam as taras e doenças ou disformidades; mas, se forem gens positivos, também multiplicam-se, mas, gerando mais fortes e boas qualidades. Às vezes, o que é o mais freqüente, geram tanto positivos quanto negativos. Isto acontece, é evidente, com qualquer família. Mas, nas Famílias, Principescas, Reais ou Imperiais, a coincidência de gens da mesma qualidade é freqüente, devido à consangüinidade, maior ou menor, que todas elas têm. E, o que na realidade acontece, é a geração, muito mais freqüente, dos gens positivos. E por que? Porque seus antepassados, na sua grande maioria, foram homens que tinham carismas extraordinários, para reinar, para sujeitar-se à Lei de Deus, para fazer política, para saber amar seus povos, para guerrear, para saber como portar-se, para conhecer as necessidades de seus súditos, etc.etc...
E, a mais verdadeira prova disto, que estamos dizendo, reside na necessidade que sentiu Napoleão, de casar-se com uma Arquiduquesa de Áustria. Ele, o filho da Revolução Francesa, que fizera sua carreira política, extraída das idéias e ações dos propugnadores da Revolução, que negava o poder e os privilégios dos Reis, ele, aquele mesmo que vencera a Europa, pelas armas, impondo princípios liberais às Monarquias Absolutas da Europa, etc.etc... Aquele mesmo, quis criar uma nova dinastia na França. A França já tivera os Merovíngios, os Carolingios, os Capetíngios diretos, os Capetingios-Valois, os Capetíngios-Bourbons, os Capetingios Bourbon-Orleans; e agora, teria a Dinastia Bonaparte. Mas, o que eram os Bonaparte? Quase nada, descendentes da pequena nobreza de Córsega, a única figura de relevo em sua nova Dinastia era ele mesmo: o grande general, o grande político, o vencedor de Reis e Imperadores, o grande Imperador auto-edificado. Mas, mesmo assim, ele precisava pensar em sua descendência. Ele precisava ter um filho, que descendesse de todos os Imperadores e Reis da Europa. O melhor meio de obter isso, seria casando-se com uma filha do Sacro-Imperador-Romano-Germânico, Francisco II, que ele já derrotara, em diversas batalhas. Casando-se com uma Habsburgo-Lorena, ele garantia que sua descendência teria como antepassados, não só os Imperadores Germânicos (de Áustria), mas também os reis e Príncipes da Europa toda, e principalmente, dos Reis de França. O seu filho teria o sangue de Luís XVI, que fora guilhotinado pela Revolução, teria o sangue do Rei sol, Luís XIV, de Henrique IV, de Francisco I, de S. Luís IX (O Rei Santo), de Filipe II Augusto etc.etc... e de Hugo I Capet, que iniciara as dinastias Capetíngias, na França, no século X, as quais, por lado feminino, descendiam também dos Carolíngios, dos séculos VIII e IX, do Grande Carlos Magno, e também dos Merovíngios, e portanto de Clovis, o 1º Rei Franco (século V) bárbaro batizado por S. Remy, que deu motivo para a Igreja, mais tarde, conceder aos Reis de França, o título de Majestades Cristianíssimas! Era isso que Napoleão desejava mais que tudo, a ponto de divorciar-se da Imperatriz Josefina (que ele amava), para casar-se com Maria Luiza de Áustria, (que ele nunca amou e que o desprezava). Portanto, ele acreditava no que a genética hoje nos ensina. Ele não se importaria que seus descendentes tivessem o lábio inferior caído, dos Habsburgo, nem o nariz adunco dos Bourbon, nem a feiura dos Reis de Espanha e Portugal, etc.etc... desde que herdassem a tradição a majestade e as virtudes de todos eles.
A maior prova de que Napoleão respeitava o Príncipe-Regente D. João de Portugal, acabamos de mencionar, falando da genética. Mas houve outra razão, para ele respeitá-lo, a ponto de considerá-lo, um dos três exércitos que o venceram. Esta foi a política esperta de D. João, brincando, diplomaticamente com Napoleão e com a Inglaterra. Como foi isso? Napoleão já vencera quase toda a Europa. Não vencera a Rússia, por causa de seu inverno terrível. Não venceu a Inglaterra, por causa de sua esquadra. A “Britsh Navy” já derrotara as esquadras francesas definitivamente em Abuquir e em Trafalgar. Não havia portanto meios do exército francês chegar à Inglaterra, pois esta é uma ilha. Como então, vencer a Inglaterra? Só se fosse por um bloqueio ao comércio inglês, que reduzisse as indústrias inglesas à falência, e o povo inglês ao pauperismo e à fome. Mas Napoleão não dispunha de navios para realizar esse bloqueio. A não ser que esse bloqueio fosse terrestre. Foi o ele fez. Não dominava quase todos os povos da Europa? (e dominando os povos da Europa, não dominava os povos de quase todos os outros continentes?) Pois bem: decretou o “Bloqueio Continental”. Todos os soberanos europeus estavam proibidos de abrir seus portos a navios ingleses. “Dixit et facit”. O que foi dito, foi feito. A Inglaterra estava impedida de comercializar em quase todo o mundo. Mas havia Portugal. Este, ainda não tinha sido conquistado pelos exércitos de Napoleão. D. João, como já dissemos, brincava, diplomaticamente. Se, por uma lado, prometia a Napoleão fechar todos os portos portugueses à Inglaterra (não eram poucos, pois além de Portugal, havia os do Brasil, de Angola, de Guiné, de Moçambique, de Goa, Damão e Diú na Índia e de Macau na China e o de Timor – na Indonésia), por outro lado tramava com os ingleses, a transferência da Corte Portuguesa e Governo, para o Brasil. Napoleão de início, não acreditou que D. João ousasse enganá-lo, mas depois, ficou pasmo, ao saber que Portugal mudava-se para a América do Sul. Imediatamente mandou o General Junot, que se encontrava na Espanha já conquistada, invadir Portugal. Entretanto, quando as tropas napoleônicas atingiram Lisboa, só avistaram as partes mais altas dos mastros de mais de 40 navios, devido à curvatura da Terra. “Ficaram a ver navios”, foi assim que nasceu esta expressão, agora tão conhecida. Os canhões franceses não puderam atingir os navios portugueses e ingleses, que rumavam direto para o Brasil. Em chegando à Bahia, D. João, lá mesmo em Salvador, decretou “a abertura dos portos” às nações amigas (ou seja à Inglaterra).
Comercializando com o Brasil e demais portos portugueses, a Inglaterra encontrou sustento e meios econômicos para fortalecer seu exército e vencer Napoleão, na península Ibérica e em Waterloo (na Holanda). Eis, aí, porque Napoleão foi obrigado a tirar seu chapéu bicórneo à estratégia de D. João, considerando-o como um dos três exércitos que o venceram.

Igualdade e Igualitarismo



O que se entende por “igualdade”? Não a igualdade pregada pela Revolução Francesa, que é igualitarismo, mas sim a de Nosso Senhor Jesus Cristo, a verdadeira igualdade. Aprendemos, na Doutrina Cristã, que todos somos iguais, diante de Deus. No Céu estaremos todos em pé de igualdade? O Grande S. Francisco de Assis, estará no Céu, na mesma escala de Glória, que um bom frade franciscano, que cumpriu a vontade de Deus, e salvou-se? E portanto está no Céu? Costuma-se falar em 7º Céu, como o Céu mais próximo da Glória de Deus. Mas, se há o 7º Céu, deve haver o 6º, o 5º, o 4º e assim por diante, até o 1º Céu, o mais baixo. Logo, até no Céu não há igualdade? Mas, como podem, todos os que estão no Céu, serem completamente felizes, em Céus hierarquizados? Aqui entra aquela comparação dos copos, desde copinhos pequenos, a copinhos maiores, a copos médios a copos grandes e até enormes. Todos cheios até a borda. Logo, todos repletos, como os homens nos Céus, repletos de felicidade. Todos felizes ao máximo que podem, porém uns com mais capacidade do que outros, de serem felizes. E, enquanto vivos, será verdade que todos são iguais perante Deus? Sim e não. Na essência, o ser humano, vivo e aqui na Terra é igual ao seu semelhante e portanto perante Deus. Todos possuem a inteligência, a racionalidade, a sensibilidade e a vontade. Neste ponto de partida, de fato, todos são iguais: O mais pobre e o mais rico, o mais nobre e o plebeu, o mais forte e o mais fraco, etc... são iguais nesta essência. Entretanto, esta essência é só inicial. Pois na combinação das potências, começam a surgir os virtuosos, e os crápulas; os capazes e os vagabundos; os trabalhadores e os malandros; os que nascendo ricos, ficam pobres por defeitos intrínsecos e os que nascendo pobres, ficam ricos por inteligência e capacidade. Ou ainda os que nascendo ricos, ficam pobres para não perderem a honra; e os que nascendo pobres, ficam ricos na desonra, no roubo, na corrupção, etc... Diante de Deus são iguais? Como o homem honesto pode ser igual ao ladrão, diante de Deus? Ou o assassino e o mártir? Ou o justo e o injusto? Não é mesmo uma falácia querermos igualar a todos, no mesmo patamar? Mesmo diante de Deus? Sabemos que, no berço de palha, ou no berço de ouro, no nascimento, somos todos iguais, como acabamos de ver, pelas potências da alma. Mas, o homem não é só alma, é corpo também. E aí, também, surgem as desigualdades. Uns nascem fortes e sadios, outros fracos e doentes, uns desenvolvem-se e ficam com corpos lindos esculturais (tanto no sexo feminino, como no masculino), outros crescem com problemas de doenças genéticas, endêmicas, etc... e tornam-se feios e até horripilantes. E nas diferenças das almas, igualmente.
Sabemos que Deus ama a todos em Sua Infinita Misericórdia, por Ele todos se salvariam e iriam para o Paraíso! Mas o problema, reside em que Deus, tendo concedido o livre arbítrio ao homem para que o homem O amasse, livremente e sem pressões, permitiu que o homem, às vezes, não O amasse, não quisesse conhecê-Lo, com medo de O amar; decidisse que Ele não existia, para não ter que servi-Lo e amá-Lo; e deste modo, se precipitasse no horror do inferno.
Este é o problema. O homem não querer amar a Deus, por preferir tudo aquilo que não é de Deus: preferir o vício, à virtude, preferir ficar rico desonestamente, do que permanecer pobre, porém honesto; preferir os prazeres passageiros e libidinosos, ao sacrifício e à Felicidade Eterna; preferir o horrendo e o feio, ao Sublime e ao Belo; preferir o erro à verdade, preferir o impuro ao Puro. Preferir que não haja ninguém abaixo dele, desde que não haja ninguém acima dele. De que não haja uma Sociedade Hierarquizada, onde aconteça um escalonamento piramidal de classes sociais, interligadas, como na Idade Média; preferindo que haja uma sociedade massificada, onde todos, aparentemente são iguais, mas que na realidade não são, como nos Estados Comunistas que fracassaram; justamente por causa disso. Queriam igualar o homem, não só em suas contingências (classe, profissão, saúde, raça, ideologias, etc...) mas também em suas essências, ou seja na alma humana. Estes, que assim quiseram e querem, é o que chamamos de igualitários, que não se conformam com as desigualdades harmônicas que a Natureza nos deu (portanto Deus – o autor da Natureza). Que não aceitam a igualdade que Deus nos dá essencialmente (repleta de desigualdades contingenciais) e querem igualar, o inigualável. O primeiro igualitário foi Lucifer que não aceitou estar abaixo de Deus, e ter de se curvar a Cristo Jesus, o Homem-Deus, e pior ainda, a Maria Santíssima, unicamente mulher, não divina, porém o Templo da Humildade e da Pureza, concebida sem o pecado. O contrário do Orgulho e da Impureza de Satanás.
Todos os igualitários, mesmo sem o saberem, são discípulos de Lucifer.
E os igualitários ainda vociferam: “E a igualdade de Direitos?” Deus não permitirá essa igualdade de Direitos? Claro que sim, mas mesmo dentro desta igualdade de Direitos, surgem as desigualdades. Por exemplo: todos têm Direito à Vida. Mas o igualitário é a favor do aborto, da eutanásia, etc... Onde está a igualdade? Todos tem Direito à Educação. Certíssimo. O Estado tem obrigação de permitir que ricos e pobres possam chegar ao Curso Superior. Mas será que todos serão igualmente grandes advogados, grandes médicos, grandes engenheiros, grandes militares, etc....??? Não é possível lutar contra a Natureza, pois lutar contra a Natureza é lutar contra Deus. Já o ditado francês nos ensina: “Chassez le naturel, et il reviendra au galop” (Ao pé da letra: Caçai o que é natural e ele voltará galopando”. Traduzindo em um português mais correto: “Afastai-vos das leis da Natureza e elas se recuperarão rapidamente”. Por que? Porque é impossível vencer ao que é de Deus. Já na Sagrada Escritura, quando S. Miguel Arcanjo, o Príncipe da Milícia Celeste, vence a Lucifer, o anjo de Luz que pelo orgulho, virou Satanás, S. Miguel profere o grito de esplendor:
“Quis, ut Deus?!!!
(Quem, como Deus?!!!)